domingo, 23 de abril de 2017

Dragon Age: Origins

Dragon Age: Origins é um RPG adulto, em seu enredo encontramos tramas que envolvem estupro, tortura, traição, sexo, sacrifício, vingança e racismo. A proposta é criar um universo complexo onde você toma decisões que tem consequências, apesar de não existir uma linha clara entre o bem e o mal, e sim oportunidades de tirar vantagem de situações e não cumprir com a palavra e acordos, a moral dos personagens que andam no seu grupo tenderão a criar um divisor entre maldade e bondade, dependendo das atitudes tomadas eles gostão mais ou menos de você. O jogo possibilita escolher os seus companheiros durante a história, que poderão entrar no seu grupo ou ficar na reserva, se você tiver um bom relacionamento com eles, e isto inclui missões secundárias do personagem, presentes, atitudes tomadas durante o jogo, eles ganharão bônus no poder e ficarão mais fortes, é possível até mesmo ter um relacionamento amoroso. Na construção deste universo buscaram elementos da Idade Média e um misto de fantasia, tradicional em jogos do gênero, com anões, elfos, humanos, trolls e monstros. O mapa possui várias cidades e cada uma delas com seus povos e “nações”. O cristianismo e o poder da igreja são representados pelo chantre e permeiam diversas cidades no jogo. O círculo dos magos junto com paladinos controlam a magia e perseguem magos que não estão dentro da “lei” do círculo. Os elfos me remetem a história dos povos nativos originários,  possuem uma religiosidade vinculada a elementos da natureza e uma história de escravidão, lutas e resistências.  Anões são especialistas em mineração e possuem uma civilização baseada na tradição. As missões, diálogos e personagens estão em sintonia com este universo que é muito bem construído e se torna interessante saber cada vez mais da história que o jogo oferece deste próprio universo, este é o ponto forte do jogo. O sistema de evolução permite criar diversas estratégias para o seu time, e o sistema de batalha é o melhor que eu vi em jogos de RPG, você pode jogar em estilo action soltando as habilidades durante a luta, ou você pode pausar e preparar uma estratégia. Na prática você usará muito os dois recursos, deixando o jogo com um toque alto de estratégia e fluidez.  Considero este jogo um semi mundo aberto, pois apesar de você poder andar pelas cidades a qualquer hora e decidir o que fazer primeiro no jogo, os mapas são um pouco lineares, e delimitados. É um jogo muito bonito pensando que foi feito em 2009, a trilha sonora foi premiada na época do lançamento. É um jogo que após terminar sentirá vontade e motivação de criar outro personagem e entrar novamente no universo do jogo. Um dos melhores RPG que já joguei. 50 horas será suficiente para zerar o jogo sem se estender muito em missões secundárias.   

sábado, 9 de agosto de 2014

Grand Theft Auto IV + Liberty City Stories (2008)



Até o momento zerei apenas o GTA: Vice City e o GTA: IV com todas as suas expansões. Mas já joguei todos da série, até mesmo os primeiros que saíram para PS1. O que posso dizer com certeza é que este não foi o mais divertido, apesar de ser um bom jogo, não conseguiu inovar e retirou algumas coisas muito boas que estavam presentes em San Andreas. Por exemplo, a possibilidade de você poder ter propriedades e tunar carros, o que era muito divertido. Acredito que para zerar o GTA: IV e as expansões gastei 70 horas, não fiz as missões secundárias de corridas, apenas algumas. Gosto muito de GTA apesar de enjoar rapidamente, fiquei com vontade novamente de jogar e terminei as expansões depois de um bom tempo. Para mim é um jogo para se distrair, é incrivelmente difícil e chato jogar sem utilizar trapaça, é um jogo feito para se usar códigos. Pois ter que comprar armas, coletes e comer no inicio de todas as missões é bem chato, logo nas primeiras missões passei a usar cheater. As missões são clássicas, tiroteio, algumas perseguições e fugas. Apesar de ter a sensação de repetição, elas são variadas e divertidas. As missões finais das 3 campanhas foram demais. GTA é um universo a parte, é um jogo de zoeira, essa é a característica principal do jogo, o linguajar é escroto, os diálogos são forçados, os personagens são caricatos, muito estúpidos.

Acredito que o roteirista de Breaking Bad (Vince Gilligan) se inspirou em GTA para criar os personagens da série. Pois o mundo do crime da série lembra alguns personagens e situações do jogo.

sábado, 19 de julho de 2014

League of Legends (2009)


League of Legends


















Uma relação de amor e ódio, simples assim, é o jogo mais jogado do mundo atualmente (2014). MOBA é um estilo relativamente novo no mundo dos games, porém chegou com força total. Dota 2 o maior concorrente do LOL é disparado o jogo mais jogado da Steam 861,117 em seu pico máximo na data  de hoje, o segundo colocado é o Counter-Strike: Global Offensive  com 145,907, ou seja uma diferença absurda. Fiquei afastado do LOL por um bom tempo, havia jogado antes de sair a versão brasileira, mas após os primeiros estresses desinstalei o jogo pois percebi que estava me viciando. Fiz uma nova conta, agora em servidores BR e a uns 3 meses recomecei a jogar, já desinstalei e reinstalei algumas vezes, primeiro por me sentir viciado e segundo pelo estresse. Não da para negar que o LOL é um ótimo jogo, com uma curva de aprendizagem gigantesca que exige muito estudo de jogo para se ter uma melhor visão de jogo. A Riot fez um trabalho grandioso em suas localizações ao redor do mundo, é muito bacana ver um jogo tão bem localizado com campeonatos, fórum, comunidade local, site todo em português, dublagens, história de personagens em forma de contos muito bem produzidos. Não é atoa que os dois maiores MOBAs do mercado foram considerados os jogos mais rentáveis, onde possuem os maiores lucros. Por exemplo conheço alguns amigos que gastaram muito dinheiro no jogo, de 700 a 2 mil reais. Fora que não é dificil encontrar alguém com 3 mil vitórias, 800. 1200. Levando em conta que cada partida leva de 30 a 50 minutos, da para calcular a quantidade de horas que esse jogadores passaram jogando. Poderia escrever muto o motivo do jogo ser tão viciante, realmente a competição é o fator principal do jogo, ficar imaginando builds e estratégias é algo que vai ficar em sua mente enquanto não esta jogando, o que fará sentir vontade de jogar. Jogar em funções diferentes e com personagens diferentes é uma experiência muito distinta, as ações de cada função serão especificas fazendo com que o jogo se desdobre ao infinito. As variações são enormes e a sensação de jogabilidade varia muito.

Poderia escrever muitos textos do motivo do LOL ser tão viciante e um bom jogo. Mas agora quero expressar os meus motivos que me fizeram desinstalar o jogo pela quarta vez em duas semanas, e espero que dessa vez seja definitivo. O estresse foi o principal fator, eu aprendi a jogar de Jungler e estou exercendo essa função muito bem com alguns champions já com runas especificas, porém o LOL é um jogo que não se joga sozinho, e depender de outras pessoas é uma experiência extremamente frustrante, pois é possível que apenas um jogador desequilibre uma partida de diversas maneiras, fedando o inimigo, sendo um jogador câncer que reclama, xingar e brigar, até mesmo quando o time esta indo bem. Passei da fase do jogo das pessoas não saberem nem qual a função do campeão,  mas em compensação a imbecilidade não tem fim, há jogadores que deixam a partida, é extremamente frustante começar uma partida onde as pessoas ja brigam porque querem todos ir de ADC, minhas ultimas 3 partidas foram arruinadas por pessoas que não estavam nem um pouco comprometida com o jogo. Estou desmotivado a continuar jogando devido a pessoas muito escrotas que acabei encontrando por ai, desde atitudes racistas e infantiloides, trolls. Tenho certeza que não quero mais passar o meu tempo interagindo com pessoas tão estragadas.

Na memória ficará partidas épicas que realmente fizeram valer a pena, derrotas e vitórias, pois para progredir foi necessário aprender muito com as derrotas. Para se jogar LOL com dignidade é necessário ter um time de pessoas amigas e de confiança que saibam lidar com feedbacks e não percam o controle com uma derrota. Mas isso é praticamente utópico hoje dia.




quarta-feira, 19 de março de 2014

Rust (2014)

Meu clã
Um survive indie que surgiu do nada para mim, e que conquistou a Steam, conseguiu se manter entre os mais jogados até hoje, já o vi em terceiro lugar, acredito que tenha vendido muito e o jogo nem foi lançado ainda, esta disponível para acesso antecipado na Steam. Esse jogo demonstra o interesse do mercado em jogos de mundo aberto com a temática survive, o primeiro a abrir esse caminho foi o Dayz depois veio a cópia e um dos jogos mais mal feitos da história o Warz. Rust não chega a ter 1 giga de tamanho e é relativamente simples, mas com grande potencial, não é tão hardcore como o Dayz e é muito divertido. As possibilidade de um sandbox, construir casas, craftar itens, armas, roupas e tudo mais é muito interessante e motivadora. Porém não é só isso, o jogo conta com alguns elementos muitos característicos a loucura desse jogo é o seguinte, após entrar no jogo o seu personagem ganha vida em outro mundo, quando você sai do jogo o seu personagem deita e dorme, porém continua dentro do jogo, ou seja pode ser roubado e abatido por outros jogadores. Ai esta um elemento central do jogo, o caminho ao nascer, será conseguir comida e madeira e pedras para iniciar a construção da casa. Para um jogador experiente uma hora de jogo já é o suficiente para estar forte para não morrer de fome e construir uma casa simples para pelo menos poder sair do jogo. Porém com essa dinâmica o jogo acaba se tornando muito viciante, pois não importa se você tenha saído para almoçar ou para trabalhar e ir a faculdade, o seu personagem vai estar lá  de alguma maneira suscetível, não importa se você esta no topo de uma casa alta, ou escondido atrás de uma pedra, a suscetividade é um elemento básico do jogo. Ou seja basta o jogador trabalhar para erguer a sua defesa contra os outros jogadores. Pois as casas podem ter suas portas e paredes destruídas com explosivos, com isso o dono da casa pode ter todos os seus itens, fruto de muito trabalho, roubados. E essa é basicamente a dinâmica do jogo, se proteger e tirar dos outros quando tiver oportunidade. O interessante é que essa relação acaba se tornando muito politica, fica evidente a vantagem de se formar alianças com outros jogadores, para defender a "vizinhança" e assaltar jogadores que não fazem parte do grupo. Esse jogo é o mais fácil do mundo para se fazer amizade e inimizades, entrar para um clã é fundamental, aumentando muito as chances de sucesso por um tempo maior, porém isso não garante nada, pois sempre irão ter outros clãs prontos para arrebentar com o seu. Uma coisa que eu percebi fortemente com o jogo é que o seu sistema possibilita um mundo de acumulo de poder, de clãs super poderosos, geralmente esses clãs serão os aliados do dono do server. Pois esse sistema de roubar as casas e o trabalho alheio possibilita que quem já esta estabelecido com as melhores armas, equipamentos, com a melhor defesa, com o maior número de explosivo, consiga esmagar as potencias menores e assim ficar mais poderosos, com mais recursos. Na minha opinião um ótimo jogo naquilo que se propõe a fazer, porém a sua dinâmica acaba se tornando um pouco estressante quando as frustrações aparecem, e pode ter certeza elas irão aparecer.

Jogado em PC: Steam

Portal 2 (2011)

Portal 2 foi a evolução do conceito do 1, um jogo maior com possibilidade de muitas horas de jogo, pelo menos 15 para zerar a campanha single e multiplayer (são duas campanhas distintas) Além do mais pela Steam existe a possibilidade de baixar mapas e desafios editados pela comunidades, abrindo assim uma possibilidade gigante dentro do jogo. Minha paixão pela franquia se firmou com esse titulo, simplesmente sensacional. O level designe evoluiu demais e os novos desafios foram muito bem elaborados, tanto da campanha single como a cooperativa, uma das melhores coisas que eu fiz no mundo dos games. O modo cooperativo é excelente para se jogar com alguém, pois exige realmente um trabalho cooperativo de verdade. Vi uma discussão em que também concordo, é um ótimo jogo para "iniciantes" pessoas que não estão habituadas a jogar com freqüência, este jogo e o Terraria são ótimos para uma apresentação do jogo como uma forma de arte interessantíssima, para aquelas pessoas que não entendem muito bem. A história continuou magnifica, agora com novos personagens, reviravoltas e o melhor senso de humor dos jogos, os diálogos do jogo são a cereja do bolo. Esta versão também possui legendas em português, porém existe um bug com a Steam se o seu local for Brasil, para resolver basta coloca a Steam no idioma português de Portugal. E o problema será resolvido. Vou passar alguns links os dois últimos são as músicas finais com legendas em português, duas grandes produções onde é possível entender todo o espirito do jogo.

O podcast do 99 vidas também é uma fonte muito útil de informação.

http://99vidas.com.br/99vidas-104-portal-1-e-2/

https://www.youtube.com/watch?v=VeUbprS2X8s - I'm Still Alive (Portal 1)

https://www.youtube.com/watch?v=_B4fD_VD1F0 - Want You Gone

Jogado em PC: Steam

Portal (2007)

Sempre ouvi falar do Portal, coisas muito boas alias, porém ao ver de longe pequenos vídeos e fotos imaginava que era apenas um jogo de puzzle com portais, eu estava totalmente enganado. Por final acabou sendo um dos melhores jogos que eu já joguei na vida. O portal é bem curtinho, umas 5 horas da para zerar o game, porém nós devemos lembrar que o primeiro jogo foi lançado junto com o Orange Box que incluam 3 jogos pelo preço de 1. Ou seja foi apenas uma especie de "jogo bônus" que saiu junto com o Half Life 2 e Team Fortress 2. Porém Portal ganhou muito destaque por sua qualidade. O que mais me chamou atenção foi a capacidade de se criar uma história envolvente por meio dos diálogos com a Glados (robô mãe) durante o decorrer dos desafios, é muito interessante observar a personalidade da Glados, o melhor de tudo o jogo possui legendas em português. Sobre os desafios achei relativamente fácil, porém muito divertido. A diversão com certeza é o elemento chave do jogo, passar os desafios é uma atividade muito prazerosa e leve. Muito bacana ir descobrindo as possibilidades que o jogo vai mostrando, aprendendo como funciona o sistema do jogo, adorei o "level designe" Apesar de curto, acredito que vale muito a pena, é uma experiencia única. Roda em qualquer pc hoje em dia.

Jogado em PC: Steam

domingo, 9 de março de 2014

Breaking bad (2008 - 2013)

Essa série com certeza foi a que eu assisti mais rápido da minha vida, talvez em 15 dias eu assisti todas as 5 temporadas, admito que o carnaval ajudou bastante rs. Mas enfim quero comentar sobre algumas coisas, pois o seriado foi muito bem escrito, os personagens e a história são muito bem elaborados, possuem profundidade. Primeiramente aviso que esse post contém spoiler. Primeiro sobre o personagem principal, Walter no início do seriado é um professor de química que leva uma vida simples e bem normal, não tem grana e possui dois empregos, também trabalha de atendente em um lava rápido para sustentar a sua família. No início é nítido que ele é uma pessoa retraída, podemos dizer um homem domesticado, "certinho" pelo seu estilo de vestir, um homem que obedece a esposa, usa roupas nesse estilo, que se parece um pouco com as do Carlton de "Um  Maluco no Pedaço"  blusas de lã que cobrem até o pescoço, com calças sociais e tudo mais. A sua mulher está grávida e eles tem um filho adolescente com um problema de paralisia cerebral, anda de muletas, mas nada que o atrapalhe as suas faculdades mentais e de ter uma vida normal. A sua rotina é quebrada quando ele passa mal e ao ser levado para o hospital descobre que tem câncer e que isso o custará um tratamento muito caro. O que pode deixar um legado de dívida a sua família. É ai que o seriado começa e ele tem a ideia de fabricar metanfetamina, com os seus conhecimentos em química ele acaba produzindo a metanfetamina mais pura possível, e o seu produto passa a ser muito valorizado, é a "Coca-Cola" do mundo das drogas. Mas não quero me ater a história. O que eu achei mais bacana nesse seriado é a evolução dos personagens, Walter passa de um cara certinho cheio de regras a um exímio traficante, muito bem organizado e com poder. E a sua pessoa se transforma no decorrer do seriado, Walter a principio é um personagem que não tem controle de quase nada, e no inicio as coisas dão muito erradas, o interessante é que ele é um personagem normal, como nós, não possui grandes poderes e capacidade, no decorrer do seriado ele se mostra muito sortudo, pois em vários momentos ele tem uma sorte que o acompanha e por isso escapa de situações. Lá para o final ele já é alguém que sabe o que faz, que aprendeu a ser politico e a tomar atitudes decisivas, porém continua sendo frágil e suscetível como uma pessoa normal e não um herói.

A história também tem o seu teor moralizante, mostra como o mundo do crime e do tráfico é instável e perigoso, muita gente morre nas lutas pelo poder e território, existem também vítimas inocentes, também mostra um pouco da realidade dos usuários e as consequências dos vícios, com certeza não é um seriado que glorifica a vida do crime. Walter e seu sócio Jesse passam por altos e baixos constantes, em um momento conseguem muito dinheiro porém esse dinheiro que "vem fácil" também se vai muito facilmente e de maneiras drásticas. O desfecho da história é uma tragédia, todo mundo sai machucado. A família de Walter se desfaz, pois ele passa a mentir demais e isso acaba o distanciando da família. Em um certo momento Walter não tem mais nada apenas o negócio de cozinhar, porém não o abandona pois ele acaba gostando do que faz de ser o melhor em alguma coisa. Jesse é o personagem mais inconsequente e podemos dizer mais "burro" e o que mais sofre. Porém se desenvolve uma relação forte de amizade entre os dois. Ao fim é uma boa história, com um ótimo toque de realismo, de vida cotidiana.